domingo, 10 de abril de 2011

Montagem em Ponte

A montagem de amplificadores em ponte significa que são alimentados com sinais em oposição de fase, e o altifalante colocado entre as duas saídas. Este método permite duplicar a tensão na carga que, em teoria, corresponde à quadruplicação da potência de saída. Trata-se de um método relativamente simples de transformar um amplificador estéreo num amplificador mono mais potente. Na prática, a potência conseguida é inferior a este valor. Na maior parte dos casos consegue três vezes mais potência em vez de quadruplicar, ou até um pouco menos, devido às limitações da fonte de alimentação, maiores perdas de condução e maiores quedas de tensão nos andares de saída que passam a estar em série.



A montagem em ponte é assim chamada porque se desenhar dois amplificadores com dois transístores cada um, como na figura A, o resultado é semelhante a uma ponte de Wheatstone.

No desenho, a carga de 8Ω é dividida em duas metades de 4Ω, para enfatizar o facto de a tensão no centro ser zero (0), pois no que toca à corrente de saída, ambos os amplificadores estão efectivamente, a atacar cargas de 4Ω à massa. A capacidade de corrente é duplicada, com todas as consequências para as quedas de tensão nos andares de saída. A inversão de sinal pode ser conseguida de vários modos. O mais simples é usar um Ampop, um 5532 por ex., obviamente.

A realimentação simples de ganho unitário, funciona perfeitamente.

Diz-se muitas vezes que a montagem em ponte reduz sempre a distorção na carga, graças à acção push-pull da montagem, que cancela os termos da distorção. Não é de todo correcta esta afirmação, esta configuração cancela os termos de ordem ímpar (harmónicas), mas os de ordem par não são cancelados.

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