segunda-feira, 11 de abril de 2011

Uma retrospectiva no tempo, na análise de dispositivos, as válvulas electrónicas



válvula electrónica, também conhecida como válvula termoiónica, válvula de vácuo ou tubo de vácuo, é um componente electrónico utilizado para amplificar, comutar, ou modificar um sinal eléctrico mediante o controlo do movimento dos electrões num espaço "vazio" a muito baixa pressão ou em presença de gases especialmente seleccionados. A válvula original foi o componente crítico que possibilitou o desenvolvimento da electrónica durante a primeira metade do século XX, incluindo a expansão e comercialização da radiodifusão, televisão, radar, áudio, redes telefónicas, computadores analógicos e até digitais, controlo industrial, etc. Algumas destas aplicações são anteriores à válvula, contudo assistiram a um crescimento explosivo graças a ela.

O quase desaparecimento desta tecnologia começou com a invenção do transístor em 1948. Deu-se então o posterior desenvolvimento de componentes de estado sólido que eram muito mais pequenos, baratos e fiáveis que a válvula. Hoje em dia, a válvula ainda sobrevive em certas aplicações específicas, de onde por razões técnicas são mais convenientes. Por exemplo em transmissores de radiofrequência de alta potência e sistemas de radar, utilizam-se magnetrões, válvulas de onda progressiva TWT, thyratrões, etc. Também se utilizam em algumas aplicações de imagem médica e é a base do funcionamento do comum forno de microondas. São bastante utilizadas em amplificadores de guitarras e baixos, assim como em equipamentos de som de alta fidelidade. É neste tipo de utilização que nos vamos focalizar.

Regra geral, hoje em dia a esmagadora maioria dos amplificadores de áudio, tanto de alta fidelidade como em amplificação de guitarra e baixo, o bloco rectificador já é de estado sólido, ou seja a díodos ou pontes rectificadoras, não usando por isso válvulas rectificadoras. Sendo que nos vamos debruçar, eventualmente em testes futuros, essencialmente nas válvulas amplificadoras de pequeno sinal e de potência. Serão basicamente três tipos de válvulas: Tríodos, Tetrôdos e Pêntodos, diferindo entre si, além dos cátodos e ânodos inerentes a qualquer válvula, no número de grelhas. O tríodo tem um cátodo, grelha e ânodo; O tetrôdo com cátodo, duas grelhas e ânodo e o pêntodo com 3 grelhas, mais os referidos cátodo e ânodo.

Muito embora seja possível testar as válvulas no circuito em questão, a meu ver mais realista, pode haver necessidade de comprovar grandezas que n é fácil verificar no circuito original, então temos de recorrer a analisadores externos.

O Testador de válvulas, B&K Precision, Model 707 Dyna Jet: este equipamento como previsto já não se fabrica, foi uma oportunidade de ocasião que surgiu em adquiri-lo usado a quem trabalha ainda com válvulas, sendo que estava em bom estado. Tem como "missão", testar conductância, transcondutância e eventuais curtos circuitos entre elementos das vávulas. Permite testar tantos pré-amplificadoras como de potência e futuramente adaptar duas particularidades: fazer "emparelhamentos" de vvs de potência medindo correntes de ânodo ou placa com um dispositivo externo e, mais ambicioso, medir índices de microfonia nas válvulas pré amplificadoras, coisa que requer rectificação de tensão de filamentos etc, de forma a eliminar ruído residual externo á válvula. Pretendo em análise de FFT e gerador de ruído branco fazer testes de ganho de forma a ver o comportamento de cada dispositivo em teste.
No vídeo podem ver-se as diversas válvulas já em teste, contudo apenas nos testes possíveis do aparelho

 

domingo, 10 de abril de 2011

Montagem em Ponte

A montagem de amplificadores em ponte significa que são alimentados com sinais em oposição de fase, e o altifalante colocado entre as duas saídas. Este método permite duplicar a tensão na carga que, em teoria, corresponde à quadruplicação da potência de saída. Trata-se de um método relativamente simples de transformar um amplificador estéreo num amplificador mono mais potente. Na prática, a potência conseguida é inferior a este valor. Na maior parte dos casos consegue três vezes mais potência em vez de quadruplicar, ou até um pouco menos, devido às limitações da fonte de alimentação, maiores perdas de condução e maiores quedas de tensão nos andares de saída que passam a estar em série.



A montagem em ponte é assim chamada porque se desenhar dois amplificadores com dois transístores cada um, como na figura A, o resultado é semelhante a uma ponte de Wheatstone.

No desenho, a carga de 8Ω é dividida em duas metades de 4Ω, para enfatizar o facto de a tensão no centro ser zero (0), pois no que toca à corrente de saída, ambos os amplificadores estão efectivamente, a atacar cargas de 4Ω à massa. A capacidade de corrente é duplicada, com todas as consequências para as quedas de tensão nos andares de saída. A inversão de sinal pode ser conseguida de vários modos. O mais simples é usar um Ampop, um 5532 por ex., obviamente.

A realimentação simples de ganho unitário, funciona perfeitamente.

Diz-se muitas vezes que a montagem em ponte reduz sempre a distorção na carga, graças à acção push-pull da montagem, que cancela os termos da distorção. Não é de todo correcta esta afirmação, esta configuração cancela os termos de ordem ímpar (harmónicas), mas os de ordem par não são cancelados.